Nossa experiência com a tal da Hand-Fuß-Mund-Krankheit
Saúde

Nossa experiência com a tal da Hand-Fuß-Mund-Krankheit

26 out 2015

hand-fuss-mund-krankheit-estomatite-aftosa-mamaesnasuicaEu nem sabia que existia uma doença chamada “Hand-Fuss-Mund-Krankheit” até que minha filha apresentou os sintomas quando era pequenininha. As traduções na internet mostravam febre aftosa humana e estomatite aftosa. Nosso pediatra na época explicou que se trata de um vírus da „família“ da herpes e a criança permanece com o vírus para sempre, apesar de não transmitir mais nada.

Foi assustador da primeira vez e ela sofreu bastante. Depois o quadro se repetiu mais três vezes, sempre mais fraquinho, até que ela nunca mais teve nada. Foi horrível vê-la sofrer e chorar sem poder fazer praticamente nada. Como se trata de um vírus a solução é esperar e tentar amenizar os sintomas para a criança. Mas é duro ouvir ou ler isso e aceitar que somos impotentes, né?

Recentemente uma amiga me ligou super aflita pois o filho está com o mesmo “problema”. Então resolvi tirar da gaveta algumas dicas que recebi na época e que me ajudaram um pouquinho a lidar com a tal da “Hand-Fuss-Mund-Krankheit”.

Bem, pelo que entendi o vírus ataca normalmente crianças entre dois e seis anos e é bastante contagioso. A Isabella pegou na creche e é difícil saber como ou de quem, pois o vírus fica encubado por até uma semana e é transmitido através da saliva, espirro ou tosse, por exemplo. Mas pode ser transmitido através das fezes também. Complicado, pois nas creches os brinquedinhos de bebês vão de boca em boca.

Me lembro que no começo parecia que a Isabella estava gripada. Ela ficou doentinha e teve temperatura alta. Na creche perceberam que ela estava com bolinhas nas mãos e nos pés e foi assim que descobri a “Hand-Fuss-Mund-Krankheit”. O que me chamou muito a atenção é que a Isa começou a salivar muito e babava pela casa toda. O cheiro do hálito também era muito específico. Foi então que percebi que ela estava cheia de aftas/bolhas na língua e mal conseguia fechar a boca. Judiação. A língua doía muito então apesar da Isa estar com muita fome ela não conseguia comer praticamente nada. Então era choro em dose dupla: de fome e de dor.

A recomendação médica foi dar comidas frias e especialmente líquidos. No caso da Isabella as bolhas estavam concentradas mais na ponta e nas laterais da língua, então mesmo com certo desconforto ela conseguia pegar um pouco de mamadeira. E passou o primeiro dia praticamente à base de leite. Depois conseguimos inserir alimentos gelados e molinhos, como yogurte e queijo cottage. Temperos e sucos de fruta nem pensar. Também nada quente. Foram uns três dias nesse sofrimento. Depois a dor passou, apesar de nem todas as bolhas estarem cicatrizadas.

Na primeira vez que ela apresentou os sintomas o médico não deu nada específico para dor na boca. Na segunda me recomendou uma pomada que não me lembro o nome. Acho que é aquela que usamos para a gengiva quando os dentinhos estão nascendo. Ajuda um pouco a amortecer a região e reduz a dor.

O importante mesmo é dar bastante água, mas sei que é difícil, pois a garganta pode estar dolorida também e a criança chora ao engolir. Tentei mamadeira e depois funcionou o canudinho, pois acho que entrava mais fundo na boca, onde ela não estava com nenhuma feridinha. O pediatra disse que se ela se recusasse a beber água deveríamos dar com uma seringa no fundo da boca. Tudo para evitar a desidratação. Mas ainda bem que não foi preciso!

A Isabella está agora com cinco anos e no últimos dois nunca mais teve nada. Ufa! Espero que o Fabrício pule isso e fique apenas com seus “episódios” de Pseudokrupp

Beijo grande e muita saúde para os pequenos!
Grazi

Com carinho, Grazi
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